segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Inutilidade do Viajar



Que utilidade pode ter, para quem quer que seja, o simples fato de viajar? Não é isso que modera os prazeres, que refreia os desejos, que reprime a ira, que quebra os excessos das paixões eróticas, que, em suma, arranca os males que povoam a alma. Não faculta o discernimento nem dissipa o erro, apenas detém a atenção momentaneamente pelo atrativo da novidade, como a uma criança que pasma perante algo que nunca viu! Além disso, o contínuo movimento de um lado para o outro acentua a instabilidade (já de si considerável!) do espírito, tornando-o ainda mais inconstante e incapaz de se fixar. Os viajantes abandonam ainda com mais vontade os lugares que tanto desejavam visitar; atravessam-nos voando como aves, vão-se ainda mais depressa do que vieram. Viajar dá-nos a conhecer novas gentes, mostra-nos formações montanhosas desconhecidas, planícies habitualmente não visitadas, ou vales irrigados por nascentes inesgotáveis; proporciona-nos a observação de algum rio de características invulgares, como o Nilo extravasando com as cheias de Verão, o Tigre, que desaparece à nossa vista e faz debaixo de terra parte do seu curso, retomando mais longe o seu abundante caudal, ou ainda o Meandro, tema favorito das lucubrações dos poetas, contorcendo-se em incontáveis sinuosidades, fazendo incessantemente ainda mais um circuito antes de enfim descansar no leito de que se aproxima. Mas viajar não torna ninguém melhor de carácter nem mais são de espírito. Teremos de nos aplicar ao estudo, de frequentar os mestres da filosofia, a fim de assimilarmos os princípios já estabelecidos e investigar o que ainda está por descobrir. Só assim a alma se pode arrancar à mais dura servidão e alcançar a verdadeira liberdade. Enquanto ignorares a distinção entre o evitável e o desejável, o necessário e o supérfluo, o justo e o injusto, o moral e o imoral — nunca serás um viajante, mas apenas um ser à deriva.As tuas deambulações não te trarão qualquer proveito, já que viajas na companhia das tuas paixões, seguido sempre pelos males que te dominam. E bom era que estes males apenas te seguissem! Bom era que eles estivessem longe de ti! O que se passa, porém, é que os levas em cima, e não atrás de ti. Deste modo, onde quer que estejas, eles oprimem-te, destroem-te com a mesma virulência. Um doente precisa que se lhe indique um remédio, não um panorama. Se um homem parte uma perna ou faz uma entorse não vai pôr-se a passear de carro ou de barco: manda, sim, é chamar um médico que lhe ligue o membro partido ou ponha no seu lugar o osso deslocado. Ora bem: acaso pensas tu que uma alma quebrada ou torcida em tantos lugares pode tratar-se com uma simples mudança de ambiente? Não, esta doença é demasiado grave para curar-se com um passeio! A formação de um médico ou de um orador não se faz em viagem; a aprendizagem de qualquer arte não depende da geografia. Como pensar que a sabedoria, a mais importante das artes, se pode adquirir saltando daqui para acolá?! Podes crer que nenhuma viagem te põe ao abrigo do desejo, da ira, do medo; se tal fosse o caso, todo o género humano começaria em massa a viajar. Estes males não cessarão de atormentar-te, de desgastar-te ao longo das tuas viagens, terrestres ou marítimas, enquanto tiveres em ti as suas causas. Admiras-te que de nada valha fugir quando tens dentro de ti aquilo de que foges?

Séneca, em 'Cartas a Lucílio'

domingo, 29 de novembro de 2009

Ateísmo

"Aquele que pode negar Deus diante de uma noite estrelada, diante da sepultura das pessoas que mais estima, diante do martírio, é muito infeliz ou muito culpado"
Giuseppe Mazzini - "I Doveri dell'Uomo"

sábado, 28 de novembro de 2009

La Espero (A esperança - hino esperantista)

En la mondon venis nova sento,
Tra la mondo iras forta voko;
Per flugiloj de facila vento
Nun de loko flugu ĝi al loko.

Ne al glavo sangon soifanta
Ĝi la homan tiras familion:
Al la mond' eterne militanta
Ĝi promesas sanktan harmonion.

Sub la sankta signo de l' espero
Kolektiĝas pacaj batalantoj,
Kaj rapide kreskas la afero
Per laboro de la esperantoj.

Forte staras muroj de miljaroj
Inter la popoloj dividitaj;
Sed dissaltos la obstinaj baroj,
Per la sankta amo disbatitaj.

Sur neŭtrala lingva fundamento,
Komprenante unu la alian,
La popoloj faros en konsento
Unu grandan rondon familian.

Nia diligenta kolegaro
En laboro paca ne laciĝos,
Ĝis la bela sonĝo de l' homaro
Por eterna ben' efektiviĝos.

Gratulon!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Ho! Bonege!



Senado aprova: Esperanto pode ser disciplina optativa nas escolas

Em 15/09, o site do Senado Brasileiro anunciou em sua página de comissões (Educação) sobre o ensino do Esperanto como matéria optativa, com o seguinte texto:

O esperanto - língua artificial criada para facilitar a comunicação internacional - passará a constituir "componente curricular facultativo" da grade escolar do ensino médio, segundo o Projeto de Lei do Senado (PLS) 27/08, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que foi aprovado nesta terça-feira (15), em decisão terminativa, pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes (CE).

Segundo o projeto, que teve como relator o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), a oferta da disciplina só será obrigatória caso haja demanda que a justifique. Em seu voto favorável, o relator observou que a universalização do conhecimento do esperanto "pode representar um fomento à paz entre as nações".

Votaram contra o projeto os senadores Gerson Camata (PMDB-ES) e Roberto Cavalcanti (PRB-PB). Segundo Camata, trata-se de um "projeto inútil", pois quem aprender o esperanto não terá com quem praticar a nova língua.

Essa é uma decisão histórica a favor do uso e divulgação da língua internacional Esperanto. A UNESCO/ONU por duas vezes, em 1954 e confirmada em 1985, solicitou aos seus estados-membros que divulgassem e ensinassem o Esperanto em suas escolas, como veículo de melhoria da compreensão entre as nações, como um meio pacífico de que os povos se relacionassem. O Senador Cristovam Buarque, um grande nome ligado a boa educação nesse país, tomou a dianteira dessa importante medida no Brasil. Vamos torcer para que o bom senso e o pacifismo mundial sejam brindados com aculturamento de nossos alunos, que certamente terão mais respeito pelos demais povos e nações. Sem polarizações econômicas, o Esperanto sabe levar respeito ao outro, a igualdade e a democracia tanto esperada na humanidade.

As repercussões em órgãos da imprensa na internet foi imediada. A revista ÉPOCA já relatou a medida em um texto bem equilibrado.

Autonomia

Dead Fish

Disse que daqui pra frente seguiria só

Não se prenderia a nada buscando algo melhor

Na esperança que consiga e não se engane

Hora de virar as costas e seguir...
Um dia ia acontecer

Sem deuses, sem mestres e sem mãos que aparem

Orgulhoso em ver

Daqui pra frente só você
Ouça a música e dance como um louco buscando por autonomia

Deixe seu coração baterNão sinta vergonha, feche os olhos, agora guie sem as mãos

Deixe seu coração bater

Completou: "Aquele não era mais o caminho."

Estar na comunidade era morrer

Teve coragem de dizer: "Isso não me diz nada mais..."

Preferiu enfrentar todas as acusações
E tatear no escuro

Honestidade pra manter o sangue quente

Orgulhoso em ver

Daqui pra frente só você

Ouça a música e dance como um louco buscando por autonomia

Deixe seu coração baterNão sinta vergonha, feche os olhos, agora guie sem as mãos

Deixe seu coração bater

Nem errado, nem certo

Nem bem, nem mal

Nem rico, nem pobre

Vencedor ou perdedor

Humilde ou soberbo

Apenas trilhando algo que é só seu

Dentro e fora de moldes

Criando outros clichês


Ouça a música e dance como um louco buscando por autonomia

Deixe seu coração bater

Não sinta vergonha, feche os olhos agora, guie sem as mãos

Deixe seu coração bater
Por liberdade e mais ação

Deixe seu coração bater

Por mais um sonho, outra mentira

Deixe seu coração bater

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Racionalidade Irracional

Eu digo muitas vezes que o instinto serve melhor os animais do que a razão a nossa espécie. E o instinto serve melhor os animais porque é conservador, defende a vida. Se um animal come outro, come-o porque tem de comer, porque tem de viver; mas quando assistimos a cenas de lutas terríveis entre animais, o leão que persegue a gazela e que a morde e que a mata e que a devora, parece que o nosso coração sensível dirá: que coisa tão cruel!
Não: quem se comporta com crueldade é o homem, não é o animal, aquilo não é crueldade; o animal não tortura, é o homem que tortura. Então o que eu critico é o comportamento do ser humano, um ser dotado de razão, razão disciplinadora, organizadora, mantedora da vida, que deveria sê-lo e que não o é; o que eu critico é a facilidade com que o ser humano se corrompe, com que se torna maligno.


Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de fato muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra?
Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer.
Falamos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de fato, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias.

José Saramago, em 'Diálogos com José Saramago'

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um pouco de Confucionismo...

"Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo"

"Na riqueza o homem sem virtude não encontra outra coisa senão os meios de satisfazer os seus vícios"

"O que destrói a criatividade é o senso do ridículo"

"Quem só conhece a justiça, não vale aquele que a ama"

Nunca se Escreve para Si Mesmo

O escritor não prevê nem conjectura: projeta. Acontece por vezes que espera por si mesmo, que espera pela inspiração, como se diz. Mas não se espera por si mesmo como se espera pelos outros; se hesita, sabe que o futuro não está feito, que é ele próprio que o vai fazer, e, se não sabe ainda o que acontecerá ao herói, isto quer simplesmente dizer que não pensou nisso, que não decidiu nada; então, o futuro é uma página branca, ao passo que o futuro do leitor são as duzentas páginas sobrecarregadas de palavras que o separam do fim.

Assim, o escritor só encontra por toda a parte o seu saber, a sua vontade, os seus projetos, em resumo, ele mesmo; atinge apenas a sua própria subjetividade; o objeto que cria está fora de alcance; não o cria para ele. Se relê o que escreveu, já é demasiado tarde; a sua frase nunca será a seus olhos exatamente uma coisa. Vai até aos limites do subjectivo, mas sem o transpor; aprecia o efeito de um traço, de uma máxima, de um adjetivo bem colocado; mas é o efeito que produzirão nos outros; pode avaliá-lo, mas não senti-lo.

Proust nunca descobriu a homossexualidade de Charlus, uma vez que a decidiu antes de ter começado o livro. E se a obra adquire um dia para o autor o aspecto de objetividade, é porque os anos passaram, porque a esqueceu, porque já não entra nela, e seria, sem dúvida, incapaz de a escrever. Aconteceu isto com Rousseau ao reler o Contrato Social no fim da vida.

Não é portanto verdade que se escreva para si mesmo: seria o pior fracasso; ao projetar as emoções no papel, a custo se conseguiria dar-lhes um prolongamento langoroso. O ato criador é apenas um momento incompleto e abstrato da produção de uma obra; se o autor existisse sozinho, poderia escrever tanto quanto quisesse; nem a obra nem o objeto veriam o dia, e seria preciso que pousasse a caneta ou que desesperasse.

Mas a operação de escrever implica a de ler como seu correlativo dialético, e estes dois atos conexos precisam de dois agentes distintos. É o esforço conjugado do autor e do leitor que fará surgir o objeto concreto e imaginário que é a obra do espírito. Só há arte para os outros e pelos outros.

Jean-Paul Sartre, em 'Situações II'

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Dois Rios
Composição: Samuel Rosa - Lô Borges - Nando Reis

O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro, é a escuridão
O céu que toca o chão E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer O que a voz da vida vem dizer
O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão
Eu vi também
Só pra poder entender Na voz a vida ouvi dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros Sem direção
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros Sem direção
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção E o meu lugar é esse
Ao lado seu, no corpo inteiro
Dou o meu lugar pois o seu lugar
É o meu amor primeiro O dia e a noite as quatro estações

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Efeito do Ciúme

Quanto mais se fala do próprio ciúme, mais os lugares que desagradaram aparecem de todos os lados; as menores circunstâncias os mudam, e fazem sempre descobrir algo de novo. Essas novidades fazem rever sob outros aspectos o que se acreditava ter visto e pesado o suficiente; tenta-se apegar a uma opinião e não se apega a nada; tudo o que é mais oposto e está mais apagado apresenta-se a um só tempo; quer-se odiar e quer-se amar, mas ama-se ainda quando se odeia, e odeia-se ainda quando se ama; acredita-se em tudo, e duvida-se de tudo; tem-se vergonha e despeito por ter acreditado e duvidado; trabalha-se incessantemente para deter a própria opinião, e nunca ela é conduzida para um lugar fixo. (...) Não se é feliz o bastante para ousar crer no que se deseja, nem mesmo feliz o bastante também para ter a certeza do que se teme mais. Fica-se sujeito a uma incerteza eterna, que nos apresenta sucessivamente bens e males que nos escapam sempre.

La Rochefoucauld, em 'Máximas'

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Função do Escritor

O escritor escolheu a revelação do mundo e especialmente a revelação do homem aos outros homens para que estes adquiram, em face do objeto assim desnudado, toda a sua responsabilidade. Ninguém pode fingir ignorar a lei, porque há um código, e porque a lei é coisa escrita: depois disto, pode infringi-la, mas sabe os riscos que corre. Do mesmo modo, a função do escritor é fazer com que ninguém possa ignorar o mundo e que ninguém se possa dizer inocente.

Jean-Paul Sartre, em 'Situações II'

domingo, 22 de novembro de 2009

Mantra


Composição: Nando Reis / Arnaldo Antunes

Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração
Acordará!...

Quando estiver com tudo
Lã, cetim, veludo
Espada e escudo
Sua consciência
Adormecerá!...

E acordará no mesmo lugar
Do ar até o arterial
No mesmo lar
No mesmo quintal
Da alma ao corpo material...

Hare Krishna
Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare

Quando não se têm mais nada
Não se perde nada
Escudo ou espada
Pode ser o que se for
Livre do temor...

Hare Krishna
Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare

Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá
Para dar amor...

Amor dará e receberá
Do ar, pulmão
Da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão
Do tempo espiral...

Amor dará e receberá
Do braço, mão
Da boca, vogal
Amor dará e receberá
Da morte
O seu dia natal...

Aaadeeeus Dooooor...(4x)

Hare Krishna
Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare

A Idade só se Aplica às Pessoas Vulgares

A tendência para colocar uma ênfase especial ou organizar a juventude nunca me foi cara; para mim, a noção de pessoa velha ou nova só se aplica às pessoas vulgares. Todos os seres humanos mais dotados e mais diferenciados são ora velhos ora novos, do mesmo modo que ora são tristes ora alegres. É coisa dos mais velhos lidar mais livre, mais jovialmente, com maior experiência e benevolência com a própria capacidade de amar do que os jovens. Os mais idosos apressam-se sempre a achar os jovens precoces demasiado velhos para a idade, mas são eles próprios que gostam de imitar os comportamentos e maneiras da juventude, eles próprios são fanáticos, injustos, julgam-se detentores de toda a verdade e sentem-se facilmente ofendidos. A idade não é pior que a juventude, do mesmo modo que Lao-Tsé não é pior que Buda e o azul não é pior que o vermelho. A idade só perde valor quando quer fingir ser juventude.

Hermann Hesse, em 'Elogio da Velhice'

sábado, 21 de novembro de 2009

A Conversa pela Conversa

Quanto mais uma conversa é realmente uma conversa, menos o seu desenrolar depende da vontade de um ou de outro parceiro. Assim, portanto, a conversa efetivamente mantida jamais é a que queremos manter. Pelo contrário, em geral é mais exato dizer que somos arrastados, para não dizer enredados, numa conversa.

Hans-George Gadamer, em 'Verdade e Método'

Ontem mais uma vez isso foi confirmado!!!rsrsrsrsrs

Lesões afetivas

Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular
Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que causamos nos outros.
Nas ocorrências a Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas consequências amargas dos votos não cumpridos.
Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que te foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou com o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não está em condição de cumprir a própria palavra, no que tange a promessas de amor. E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendeste esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não esteja em posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.
Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queira manter-lhe a continuidade.
O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não nos será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou abrasam a existência das vítimas, espoliadas do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Divina Justiça, porque niguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquessem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.
Certamente que muitos desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.
Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou, peremptório; "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".
Todos nós, espíritos vinculados à evolução da terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e , em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

EMMANUEL
Livro: Momentos de Ouro
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Começo a Conhecer-me. Não Existo

Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.

Álvaro de Campos, em "Poemas"
Heterônimo de Fernando Pessoa

Somos Quem Podemos Ser

Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger

Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração...

A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Quem eram os donos
Da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem
Essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro, ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum...

A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção
Quem ocupa o trono
Tem culpa
Quem oculta o crime
Também
Quem duvida da vida
Tem culpa
Quem evita a dúvida
Também tem...

Somos quem podemos ser...Sonhos que podemos ter...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Finalidade

Não existe sentimento que não tenha um fim. A questão é a proporcionalidade e o que você faz do sentimento. Sendo assim até o ódio pode ser bom e o amor, ruim.
Deus não teria criado os "maus" sentimentos sem um objetivo...
Todos os sentimentos habitam o homem.
Um sentimento não é criado pelo homem, se transforma pela ação do homem.
Um sentimento bom mal dosado jamais levará a uma felicidade duradoura.
Um sentimento ruim pode motivar um bom ou evitar outro sentimento pior.
Tudo se define em uma palavra: equilíbrio.
Como tudo o que há, somos parte do meio.
Somos o nosso meio.
Somos o nosso fim.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


"Recordo que alguém perguntou uma vez a um
sábio se a humanidade se submergiria na
ignorância, supondo-se que algum dia fossem
destruídos todos os livros que existem no mundo.
E o sábio respondeu: “Duas coisas são necessárias
para reconstruir imediatamente todos os livros que
existem e se tivessem destruído: a Natureza, que é
o livro maior que há no Universo, e uma mente
que perceba e possa transmitir aos demais as
imagens que dela capte. As páginas desse
gigantesco livro são os dias e as
noites, que cada homem folheia
sem cessar enquanto dura
sua existência”.

González Pecotche

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Homem de Bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza.

Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos.

Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las.

Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.

O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O valor de um conselho


Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Encontrava-me, sendo criança, em uma estância e, como todas as crianças, gostava de me afastar das casas e correr pelos campos. Um dia, saí montado em um petiço, com o propósito de ir até um rio muito distante, ao qual para chegar, tinha que atravessar montes e serras. Andando um pouco, encontrei no caminho o capataz da estância, acompanhado por alguns camponeses, que ao ver-me, perguntou amavelmente aonde ia; ao responder que me dirigia ao rio, disse-me:

– "Para chegar ao rio, terá que passar por três porteiras; tenha cuidado, menino, porque ali existe gado bravo, e quando vê gente nova é capaz de atacar".

Eu já tinha ouvido falar dessa boiada, mas mesmo assim decidi continuar o caminho. As porteiras que tinha que cruzar para chegar ao rio eram dessas antigas, cujos paus horizontais, superpostos, se introduzem nos orifícios de dois postes verticais colocados em ambos os lados do caminho.

Ao passar pela primeira, lembrei-me da recomendação do capataz, o qual me havia dito que a deixasse aberta ou só com o pau inferior colocado, para o caso de que a boiada corresse atrás de mim. Quando atravessei a segunda, esqueci-me da recomendação e afastei-me após ter fechado a porteira com todos os paus; ainda bem que ouvi, próximo, um burro zurrar, e crendo que fosse um leão, ou algo parecido, rapidamente voltei para tirá-los. Ao passar a terceira porteira, já próxima do rio, também tirei os paus.

Descia o vale, quando vi, de repente, a boiada pastando tranquila. "É a isto que chamam de gado bravo?" – disse-me, ao mesmo tempo em que decidia passar no meio dele. Não havia transcorrido um minuto, quando um touro enorme, que me pareceu de vinte ou trinta metros cúbicos, levantou a cabeça, olhou-me e, em seguida, começou a correr na minha direção e, com ele, todos os demais. Então sim, vi o perigo e fincando as esporas nas ilhargas do meu petiço, passei como um bólido pelas porteiras. Vendo que levava vantagem, ao chegar à última detive-me para fechá-la e deter, assim, a passagem das bestas.

Passado o mau momento, instantaneamente me recordei do capataz. Emocionei-me; enchi-me de ternura e compreendi quanto bem me havia feito sua palavra; uma palavra humana, uma advertência... Recordo que, quando lhe referi o ocorrido, me disse:

– "Ah! jovem, você se salvou porque tirou os paus da porteira. Meu filho foi morto por essa boiada."

Compreendi, nesse instante, quanto pode encerrar uma palavra e como penetra quando é dita para fazer o bem; compreendi, também, que esse homem tinha querido salvar em mim o seu próprio filho, e isto jamais pôde apagar-se entre as tantas recordações que existem em minha vida.

Vejam agora, o que encerram algumas palavras, e recordem quantas vezes terão escutado frases similares às que disse aquele homem do campo, sem que as conservassem na memória, causa pela qual, logo depois, tiveram de passar momentos angustiosos.

Eu guardo, para todos aqueles que de uma ou outra forma contribuíram para fazer-me mais grata a vida, uma eterna gratidão, e estampo nessa gratidão a lealdade com que conservo essa recordação, a qual jamais pôde empalidecer ali onde se encerra tudo quanto constitui a história de minha vida.

Recordar o bem recebido é fazer-se merecedor de tudo quanto amanhã possa nos ser oferecido. Não esqueçam que, quando um pai dá um conselho, é porque já viveu tudo o que esse conselho encerra e que, ao expressá-lo, quer evitar ao filho o que para ele foi motivo de sofrimento ou causou-lhe danos.

Trechos extraídos do livro Introdução ao Conhecimento Logosófico p. 206
Fundação Logosófica - www.logosofia.org.br

domingo, 15 de novembro de 2009

Respektu vivon



KUNIĜO DE ANIMO KUN KORPO

344. Ĉe kiu momento la animo kuniĝas kun la korpo?

Tiu kuniĝo ekestas en la sama momento de la embriigo, sed ĝi estas kompleta nur ĉe naskiĝo. Tuj de post la embriigo, la Spirito elektita por loĝi iun korpon, sin tenas ĉe tiu ĉi per fluideca ligilo, kiu ĉiam pli streĉiĝas ĝis la momento, kiam la infano venas en lumon; la krio, kiun tiam la jusnaskito ellasas, anoncas, ke tiu apartenas al la rondo de l’ vivantoj kaj de l’ servantoj de Dio.

La Libro de La Spiritoj – Reveno al la Enkorpa Vivo

RESPEKTU VIVON.
ABORTO NE.

sábado, 14 de novembro de 2009

CARAMBA!!! 2012 é showwwwwwwwwww!!! Adorei!Vi ontem e ninguém pode me contar o final!!!ha-ha-ha
Mas o presidente americano tinha que morrer como herói?!?!Foi a parte mentirosa do filme!!!rsrsrs
A hora do carro fez lembrar o Fabrício dirigindo!!!rsrsrs
Agora que eu vi esse filme posso aterrorizar mais o Claudio!!! MTO BOM!!! rsrsrs
***

O dia hj foi maravilhoso!Um lindo lugar, com lindas pessoas, fazendo um lindo rapel, comendo um lindo pastelzinho de camarão... Não posso reclamar da vida! Amigos são tudo!
E antes que venham me perguntar o que estou fazendo escrevendo uma hora dessas: Penso, logo não durmo!!!

Bonan Nokton!
Vi dormu bone!rsrsrs

Respeito, fator essencial da paz

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Cada vez que se quis precisar as causas que determinaram as guerras, as rebeliões ou até mesmo as simples discórdias domésticas, chegou-se a tudo, menos ao que na verdade poderia ser tido como a razão principal ou, pelo menos, a que mais influiu no desencadeamento violento de tais conflitos ou perturbações.

Nunca se poderá negar que o respeito mútuo entre os povos e entre os homens seja o agente ou fator essencial da paz, já que, enquanto ele existe, se aplainam todos os caminhos que levam a encontrar soluções para as diferenças criadas. Ao contrário, caso deixem de ser respeitados os tratados que foram assinados em solenes cerimônias, e se violem também as normas do direito internacional, as guerras se tornam inevitáveis, pois nada há que fira mais a dignidade de uma nação, de um povo, de um homem do que sentir que essa dignidade foi depreciada pela falta de respeito. Quando isso ocorre, quando o respeito deixa de ser a fiança que resguarda os convênios e as considerações mútuas, começa a rachar-se a estrutura jurídica, econômica e social dos povos.

Coisa igual acontece dentro de cada nação, quando cessa o respeito às leis que a governam: depressa os direitos se quebram, sobrevindo a desorientação, a desconfiaça e o receio. E a tudo isso se deve ainda adicionar o relaxamento que se produz nas instituições, relaxamento que acaba por levar à anormalidade e a conflitos de toda espécie.

Não pode haver paz num povo se o respeito às leis e suas instituições deixa de ser garantia que ampara cada um em seus direitos e seus valores. Daí que, quando se burla a dignidade do homem, faltando com respeito à sua pessoa, sobrevêm as crises sociais, tão nefastas para a vida de povos e nações.

Respeitar para ser respeitado: eis uma expressão que, por ser axiomática, se explica por si mesma. Quando os homens de maior responsabilidade, por exemplo, os estadistas e demais figuras do governo, fazem desse respeito um culto e põem nisso sua mais fervorosa e sincera fé, instituindo-se em exemplos, atraem a simpatia e a adesão plena de seus povos e até mesmo do mundo, tal como se tem visto nestes dias.

Não existe uma lei que imponha o respeito, porquanto, bem se pode dizer, ele responde a uma lei natural. Em todos os tempos, o respeito constituiu o meio imprescindível que fez realizável a convivência entre os seres humanos. O homem, desde que nasce, como tudo o que se manifesta à vida no seio da Criação, deve inspirar respeito. Nada melhor se poderia fazer, portanto, para edificar a paz futura, do que conseguir que o respeito presida a todas as suas determinações, erigindo-o como algo inseparável de sua responsabilidade.

Fundação Logosófica - http://www.logosofia.org.br/

Como o respeito está em falta nas pessoas...
Fiquem em paz!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O que são as Pedras Guia da Geórgia (Georgia Guidestones)



As Pedras Guia da Geórgia (Georgia Guidestones) é um monumento em granito localizado num cume no condado de Elbert, estado norte-americano da Geórgia. O monumento fica a 72 quilômetros de Atlanta e são visíveis da Rodovia 77 (Highway 77). O granito da região é um dos melhores de todo o mundo, clima moderado e a posição geográfica (ponto mais elevado do condado) foram essenciais para a sua construção.


As Pedras Guia da Geórgia, também conhecidas como Stonehenge Americano, medem 19 pés e 3 polegadas (5,88 metros), utilizam 951 pés cúbicos (26,93 m3) de granito e todas as seis pedras juntas pesam mais de 119 toneladas.


Nas pedras estão gravadas dez frases em oito idiomas: árabe, chinês, espanhol, hebraico, hindi, inglês, russo e suaíli. No topo estão gravadas pequenas mensagens em línguas antigas: babilônio, grego clássico, sânscrito e em hieróglifos egípcios.


Entre os idiomas escolhidos para as mensagens foram ignoradas línguas faladas por milhões de pessoas como alemão, francês, grego, japonês, italiano e português. A escolha dos idiomas mostra a preocupação em balancear regiões e religiões para o entendimento das mensagens. Por isso, estão incluídos o hebraico, com apenas 11 milhões de falantes, e o suaíli, principal idioma banto com 50 milhões de falantes na África oriental, mas que não chega nem perto do total de falantes do português - sexta língua mais falada no mundo (240 milhões de falantes), excluída das inscrições possivelmente pela proximidade lingüística ao idioma espanhol, uma das oito escolhidas.


O que está escrito nas Pedras Guia da Geórgia (Georgia Guidestones)?


As dez frases escritas em cada um das oito línguas modernas são:

1. Manter a humanidade abaixo de 500.000.000 em um balanço constante com a natureza.

2. Controlar a reprodução de maneira sábia - aperfeiçoando as condições físicas e a diversidade.

3. Unir a humanidade com um novo idioma vigente. (Olha o esperanto aí!rs Tre bone!)

4. Controlar a paixão - fé - tradição - e todas as coisas com razão moderada.

5. Proteger povos e nações com leis e cortes justas.

6. Permitir que todas as nações regulem-se internamente, resolvendo disputas externas em uma corte mundial.

7. Evitar leis insignificantes e governantes desnecessários.

8. Balancear direitos pessoais com deveres sociais.

9. Valorizar a verdade - beleza - amor - procurando a harmonia com o infinito.

10. Não ser um câncer na terra - Deixar espaço para a natureza - Deixar espaço para a natureza.

História nas Pedras Guia da Geórgia (Georgia Guidestones)


A lenda sobre a construção do local começou em junho de 1979, quando um bem-vestido e articulado chamado Sr. Christian (Cristão) procurou pelos escritórios de Elberton o custo de se construir um grande monumento. A empresa Elberton Granite Finishing foi contrata para realizar a obra por essa pessoa misteriosa, sob o pseudônimo de R.C. Christian. Especula-se que as iniciais R e C significam a ordem Rosa-Cruz, fraternidade que teria suas origens no personagem mítico do século XIV Christian Rosenkreuz, chamado também de Irmão C.R.C.


O Sr. Cristão disse que representava um pequeno grupo de americanos leais que vivem fora de Geórgia e que desejavam permanecer no anonimato para sempre. Ele contou aos construtores que os patrocinadores tinham planejado o monumento por anos e que os dez pontos das Pedras Guiam eram um uma apelo a todos os povos para preservar a humanidade e o planeta.


O local escolhido deveria ser remoto e longe dos turistas das cidades locais. Além da fartura de excelente granito (um dos materiais mais usados para lápides), clima e localização, o Sr. Christian disse que a escolha era também pessoal. Sua bisavó tinha nascido na Geórgia.As Pedras Guia da Geórgia foram inauguradas em março de 1980, com a presença de 100 pessoas. A propriedade do terreno onde se encontram os monumentos é obscura. No registro de imóveis do condado de Elbert indica que o próprio condado teria comprado o terreno de cerca de 2 hectares onde está localizado o monumento em 1º de outubro de 1979 por US$ 5 mil.


Nos últimos anos rituais de diversos tipos de grupos foram feitos no local, incluindo casamentos e reuniões de nativos, cristãos, pagãos, entre outros. Pessoas chegam ao monumento para meditar, visitar, fazer turismo, tentar decifrá-lo e até depreciá-lo. Em 2008, as pedras foram pichadas com a frase "Morte a Nova Ordem Mundial", "A elite quer matar 80% da humanidade", "Não ao Governo Mundial" e "Jesus prevalecerá".


Características astronômicas das Pedras Guia da Geórgia (Georgia Guidestones)

As quatro pedras exteriores são orientadas pela migração anual do Sol. Na coluna do centro há um furo onde Polaris pode sempre ser vista, se as condições de tempo permitirem. Polaris é a estrela mais brilhante da constelação Ursa Menor e popularmente conhecida como Estrela Polar - chamada assim por estar muito próxima ao Pólo Celeste. A estrela foi escolhida para simbolizar constância e a orientação com as forças da natureza. Há também nas pedras da Geórgia um entalhe que faz uma janela que alinha com os solstícios e equinócios (eventos que marcam os inícios das estações). Esta janela faz que o sol brilhe para indicar o meio-dia em uma linha curvada.


Tábua de instruções das Pedras Guia da Geórgia (Georgia Guidestones)Além das inscrições existe uma tábua de instruções cravada no chão próxima ao monumento. A tábua identifica a estrutura, características astronômicas, patrocinadores (identificados na tábua apenas como "Um pequeno grupo de americanos que procuram a idade de razão") e as línguas usadas nas Pedras Guia da Geórgia. O mais intrigante são os dados de uma cápsula de tempo enterrada sob a tábua com espaço para preenchimento de quando a data foi/será enterrada e quando deve ser reaberta. A cápsula foi ou será enterrada conforme a instrução da tábua "a seis pés abaixo deste ponto". Cápsula do tempo é um recipiente completamente fechado para guardar mensagens e objetos para ser encontrados por gerações futuras.

Qual objetivo das Pedras Guia da Geórgia (Georgia Guidestones)?

Os críticos do monumento afirmam que as Pedras são "Os Dez mandamentos do Anticristo". Segundo eles, as pedras foram construídas por sociedades secretas satânicas com o objetivo de implementar a Nova Ordem Mundial. O ativista político John Conner conclamou a destruição das Pedras da Geórgia, e que o entulho deveria ser usado em outras obras. Já entre os que defendem as Pedras Guia da Geórgia está a viúva do ex-Beatle John Lennon. Yoko Ono disse que as mensagens inscritas são "Um importante chamado ao pensamento racional".


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Albert Einstein e 2012

"Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana." disse Albert Einstein.

Albert Einstein (14 de março de 1879 - 18 de abril de 1955) foi um físico alemão conhecido por sua Teoria de Relatividade. Albert Einstein ganhou o Prêmio Nobel da Física de 1921.

Em 2008 uma pesquisa realizada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e observadores de apiários revelou que 36% das 2,4 milhões de colméias pereceram devido ao distúrbio do colapso das colônias.

Esta catástrofe afeta as colônias de abelhas nos Estados Unidos desde os anos 1980, mas se intensificou nos últimos anos. Nos Estados Unidos até 60% das abelhas teriam sumido na Califórnia e mais de 70% em algumas regiões da costa leste e no Texas no inverno de 2006/2007. Esta dizimação em massa de populações de abelhas está ocorrendo em diversos países sem uma causa definida. Em algumas regiões da Europa foi registrado o sumiço de até 80% da população de abelhas.

A razão para este desaparecimento de abelhas pode ser o uso excessivo de toxinas e produtos químicos usados na agricultura ou o impacto causado de plantas geneticamente modificadas, que poderia causar uma redução do sistema imunológico dos insetos.O curioso é que as abelhas não estão morrendo nas colméias nem as colônias estão sendo atacadas por outros insetos, mas elas ficam desorientadas e não conseguem retornar para as colméias. Ainda não se sabe o que faz estes animais perder o senso de orientação.

Fontes: http://www.fimdomundo2012.com/ciencia-2012/albert-einstein-2012.htm

Agrotóxicos, aquecimento global, trangênicos...

Se alimenta o ego, desnutre a alma e a razão

"Quando alguém te lambe as botas, coloca-lhe o pé em cima antes que comece a morder-te"
Paul Valéry

"A lisonja é uma moeda falsa que só tem curso por vaidade nossa"
François La Rochefoucauld

"Quem fica feliz em ser adulado é digno do adulador"
William Shakespeare

"A lisonja corrompe quem a recebe e quem a dá; e a adulação não é mais útil ao povo do que aos reis"
Edmund Burke

"Um bajulador é aquele que alimenta um crocodilo e que espera comê-lo no final"
Winston Churchill

"O adulador é um ser que não tem estima nem pelos outros, nem por si mesmo. Aspira apenas a cegar a inteligência do homem, para depois fazer dele o que quiser. É um ladrão noturno que primeiro apaga a luz e em seguida começa a roubar"
D. I. Fonvizin

"Um adulador parece-se com um amigo, como um lobo se parece com um cão. Cuida, pois, em não admitir inadvertidamente, na tua casa, lobos famintos em vez de cães de guarda" Epiteto

Não precisa ser filósofo para entender isso...
Quem escolhe só ouvir o que quer sofre consequências que não quer. A realidade chega com maior violência.

A Loucura do Dinheiro

O dinheiro suscita a maior parte das vociferações que ouvimos: é o dinheiro que fatiga os tribunais, é ele que coloca pais e filhos em desavença, é ele que derrama venenos, é ele que põe a espada nas mãos dos assassinos e das legiões; ele está manchado de sangue nosso; é por causa dele que as discussões de marido e mulher ressoam na noite, é por causa dele que a turba aflui aos tribunais; por causa dele, os reis massacram, saqueiam e arrasam cidades que demoraram séculos a construir, para procurarem ouro e prata entre as cinzas. Vês os cofres arrumados a um canto? É por causa deles que se grita até os olhos saírem das suas órbitas e que os brados ressoam nos tribunais; é por causa deles que juízes vindo de regiões longínquas se reúnem para decidir qual é a avidez mais justa.
E quando, não por um cofre, mas por um punhado de ouro ou por um denário que se dispensaria a um escravo, se perfura o estômago de um velho que ia morrer sem herdeiros? E quando, possuindo vários milhares, um usurário de pés e mãos deformados, incapaz sequer de mexer no dinheiro, reclama, furioso, os juros dos seus asses? Se me apresentasses todas as minas e todo o dinheiro que delas retiramos, se pusesses aos meus pés todos os tesouros escondidos (pois a avareza devolve ao interior da terra aquilo que dela fora retirado com maldade). não creio que todas estas riquezas conseguissem impressionar um homem virtuoso. Quão risíveis são todas as coisas que nos provocam lágrimas!

Sêneca, in 'Da Ira'

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lá pelas bandas de Portugal...

Carta sem Direcção

— Rapaz: onde puseste a carta que deixei em cima da secretária?
— Deitei-a no correio.
— Estúpido! Não viste que ainda não tinha direcção no sobrescrito?
— Vi, sim, senhor. Mas pensei que o patrão não queria que se soubesse para onde ela ia.

Tipos de Amizade

Três tipos de amizade são vantajosos e três tipos de amizade são nocivos.
A amizade com um homem que fala sem rodeios, a amizade com um homem sincero, a amizade com um homem de grande saber, esses três tipos de amizade são úteis.
A amizade com um homem acostumado a enganar por uma falsa aparência de honestidade, a amizade com um homem hábil para adular, a amizade com um homem que fala bonito, esses três tipos de amizade são nocivos.

Confúcio, in 'A Sabedoria de Confúcio'

O que significa o 11:11?

Você já olhou para o relógio e ele estava marcando 11 horas e 11 minutos?

Os numerologistas acreditam que os eventos ligados ao 11:11 aparecem com mais freqüência que a probabilidade, enquantos os críticos acreditam que é apenas uma simples coincidência.Algumas pessoas acreditam que o 11:11 é um sinal auspicioso, enquanto outras acreditam que o 11:11 é um sinal da presença de um espírito. Alguns acreditam que o 11:11 é um despertador de recordações de um Portal Dimensional codificado em nossos registros.

O autodeclarado psíquico Uri Geller destacou o fenômeno 11:11, conceito adotado pelos seguidores da Nova Era. Seus críticos, entretanto, dizem que os exemplos relacionados ao 11:11 são uma tendência de procurar ou interpretar uma nova informação de uma maneira que confirme o evento ocorrido e evitar informações e interpretações que contradizem a opinião prévia.

Fonte: http://www.fimdomundo2012.com/ciencia-2012/fenomeno-11-11-2012.htm

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Algumas frases...

"Será possível amar a coletividade sem nunca ter amado profundamente criaturas humanas individuais?" (Antonio Gramsci)

"Não existe fracasso - apenas experiências que são positivas em maior ou menor grau"(Autor desconhecido)

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor." (Vladimir Maiakovski)

"A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura um pouco mais." (Oscar Wilde)

"Comigo a poesia não foi um propósito, mas uma paixão." (Edgar Allan Poe)

"Por maior que seja o buraco em que você se encontra, sorria, porque, por enquanto, ainda não há terra em cima." (Autor desconhecido)

A circunstância é o que relativizará o que é virtude ou vício. Há virtudes que não têm meio-termo como o caráter e a coerência. (Não faço idéia do autor!rs)

"É sequestro da subjetividade todo processo que neutraliza e impede o ser humano de conhecer-se(...)" - Padre Fábio de Melo

"Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens." (Albert Einstein)

"Uma mentira pode dar a volta ao mundo, enquanto a verdade ainda calça seus sapatos." (Mark Twain)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Liberdade



Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Para a maioria das pessoas, ser livre não é outra coisa do que fazer aquilo que a cada um mais apeteça; se está bem ou malfeito, isso não é o que importa, como tampouco é levado em conta quando lhes ocorre não fazer nada.

A liberdade se diferencia do livre-arbítrio pelo fato de que, enquanto a primeira tem sua expressão no externo, o último a tem no interno.

A liberdade de culto, de palavra, de comércio, como a de caráter político, social ou econômico, são produtos de uma manifestação que transcende o foro interno do homem. Essa liberdade é requerida por uma necessidade lógica da convivência humana e é, ao mesmo tempo, imprescindível para que as faculdades do indivíduo encontrem campo mais propício para seu desenvolvimento e função. Condená-lo a suportar uma opressão que o prive de sua liberdade é submetê-lo a um virtual embrutecimento.

Pode um homem ser privado de sua liberdade, não se permitindo à sua pessoa mover-se à vontade, porém o livre-arbítrio continuará atuando internamente, já que ninguém poderá impedir a atividade que os pensamentos possam desenvolver dentro de sua mente. Cervantes, por exemplo, quando concebeu e escreveu no cárcere a famosa obra em que sintetizou boa parte das observações que havia feito sobre a psicologia humana, e que o imortalizou na alma de seus semelhantes, deu uma prova evidente de que não havia sido privado do livre uso de suas faculdades mentais.

Não obstante, o livre-arbítrio, ou seja, o exercício da razão em correspondência direta com as demais faculdades do sistema mental, pode ser eclipsado, quer dizer, reduzido ao mínimo e até anulado, se o homem é privado, desde a infância, de promover o livre jogo das funções que concernem à sua inteligência, pois é obrigá-lo a fechar sua mente a toda reflexão útil, sobrevindo em conseqüência, repetimos, a atrofia de suas faculdades e o debilitamento da razão até ficar anulada.

A sociedade humana estabeleceu, no conjunto de suas leis, para suprimir o delito, a privação da liberdade. A delinquência, geralmente identificada na criminalidade, só foi castigada com a privação, imposta ao indivíduo, de todas as prerrogativas no uso e gozo de sua liberdade.

A liberdade humana, dentro da estrutura das leis que gravitam sobre a consciência do indivíduo, é a mais preciosa conquista da civilização atual. Ou se aceita o triunfo da barbárie, com os povos se confessando culpados de todas as agressões cometidas pela delinquência, passando, por conseguinte, a ser cativos dos próprios delinquentes, ou se proclama o triunfo da civilização, que é o da sensatez, e se tomam todas as medidas para rechaçar o mal e trazer de volta aos foros da razão aqueles que, à margem dela, contam com a conquista do mundo pelo cerceamento dos atributos mais caros para a dignidade humana.

Trechos extraídos do artigo da Coletânea da Revista Logosofia, Tomo 2, p.7-9.
Fundação Logosófica - www.logosofia.org.br

domingo, 8 de novembro de 2009

Auto-Encontro

A ansiosa busca de afirmação da personalidade leva o indivíduo, não raro, a encetar esforços em favor das conquistas externas, que o deixam frustrado, normalmente insatisfeito. Transfere-se, então, de uma para outra necessidade que se lhe torna meta prioritária, e, ao ser conseguida, novo desinteresse o domina, deixando-o aturdido.

A sucessão de transferências termina por exauri-lo, ferindo-lhe os interesses reais que ficam á margem. Realmente, a existência física é uma proposta oportuna para a aquisição de valores que contribuem para a paz e a realização do ser inteligente. Isto, porém, somente será possível quando o centro de interesse não se desviar do tema central, que é a evolução.

Para ser conseguida, faz-se imprescindível uma avaliação de conteúdos, a fim de saber-se o que realmente é transitório e o que é de largo curso e duração. Essa demorada reflexão selecionará os objetivos reais dos aparentes, ensejando a escolha daqueles que possuem as respostas e os recursos plenificadores. Hoje, mais do que antes essa decisão se faz urgente, por motivos óbvios, pois que, enquanto escasseiam o equilíbrio individual e coletivo, a saúde e a felicidade, multiplicam-se os desaires e as angústias ceifando os ideais de enobrecimento humano.

Se de fato andas pela conquista da felicidade, tenta o auto-encontro. Utilizando-te da meditação prolongada, penetrar-te-ás, descobrindo o teu ser real, imortal, que aguarda ensejo de desdobramento e realização. Certamente, os primeiros tentames não te concederão resultados apreciáveis. Perceberás que a fixação da mente na interiorização será interrompida, inúmeras vezes, pelas distrações habituais do intelecto e da falta de harmonia. Desacostumado a uma imersão, a tua tentativa se fará prejudicada pela irrupção das idéias arquivadas no inconsciente, determinantes de tua conduta inquieta, irregular, conflitiva.

Concordamos que a criatura é conduzida, na maior parte das vezes, pelo inconsciente, que lhe dita o pensamento e as ações, como resultado normal das próprias construções mentais anteriores. A mudança de hábito necessita de novo condicionamento, a fim de mergulhares nesse oceano tumultuado, atingindo-lhe o limite que concede acesso às praias da harmonia, do autodescobrimento, da realização interior. Nessa façanha verás o desmoronar de muitas e vazias ambições, que cultivas por ignorância ou má educação; o soçobrar de inúmeros engodos; o desaparecer de incontáveis conflitos que te aturdem e devastam. Amadurecerás lentamente e te acalmarás, não te deixando mais abater pelo desânino, nem exaltar pelo entusiasmo dos outros. Ficarás imune à tentação do orgulho e à pedrada da inveja, à incompreensão gratuita e à inimizade perseguidora, porque somente darás atenção à necessidade de valorização do ser profundo e indestrutível que és. Terminarás por te venceres, e essa será a tua mais admirável vitória. Não cesses, portanto, logo comeces a busca interior, de dar-lhe prosseguimento se as dificuldades e distrações do ego se te apresentarem perturbadoras.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: LEAL, 1994.

sábado, 7 de novembro de 2009

Algo sobre a verdade e o erro

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Está plenamente comprovado o difícil que é convencer, a quem se acha identificado com o erro, de que vive fora da realidade. Achar-se identificado com o erro é viver sob uma permanente sugestão que a tudo deturpa ou tergiversa. Exemplo eloqüente temos no campo político. Quantos não se deixaram enganar pelas afirmações dos líderes totalitários, que se proclamam paladinos da democracia, da liberdade e do direito? Nem mesmo vendo todo o contrário as pessoas saem de seu erro, tal é a obstinação e a invalidez mental que as dominam.

No campo religioso, os erros se fundamentam numa pregação de fatos absurdos, que os adeptos admitem sem reflexão nem julgamento. Grave é a cegueira do crente, cuja inteligência não pode discernir entre o verdadeiro e o falso. Conforma-se em crer que está no certo e rechaça toda idéia emancipadora de sua incondicional submissão ao dogma, porque o aterroriza o simples fato de pensar que poderia estar equivocado.

No social, à semelhança do político e do religioso, ele se abraça com fanatismo a uma ideologia e, embora esta se estruture sobre falsidades e ponha de manifesto embustes inqualificáveis, acredita docilmente que ali está a verdade, caindo sob o feitiço sedutor de suas promessas, como o pássaro na armadilha.

A evolução consciente permite ao homem defender-se do engano onde quer que este o espreite, porque fundamenta sua defesa no conhecimento das causas que o engendram. Assim, por exemplo, sabe que é impostura o que não concorda com a realidade e o que se esquiva à verificação individual, à qual todo ser tem direito.

As verdades, quando o são, não se ocultam nem se impõem; revelam-se à luz da razão, com o objetivo de que o homem tome consciência delas e as use para emancipar-se da ignorância.

O que se pretende impor como verdade só tem um fim: escravizar o ente humano, para convertê-lo em instrumento passivo daqueles que exploram sua credulidade.

A sabedoria logosófica permite optar entre viver no erro, que escraviza, ou na verdade, que faz o homem livre e forte, como seu destino requer.

Trechos extraídos do livro Curso de Iniciação Logosófica
Fundação Logosófica - www.logosofia.org.br

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Na expectativa de 2012!!!

Enquanto o filme não estréia...rsrsrs

O Segundo Sol
Composição: Nando Reis

Quando o segundo sol chegar
Para realinhar
As órbitas dos planetas
Derrubando com
O assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa...(2x)

Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação...

Quando o segundo sol chegar
Para realinhar
As órbitas dos planetas
Derrubando com
O assombro exemplar
O que os astrônomos diriam
Se tratar de um outro cometa...(2x)

Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação
De que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação...

Explicação, não tem
Não tem Explicação..(2x)
Explicação, não tem
Sem Explicação!...
Explicação, não tem
Explicação!
Não tem, não tem!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Viagens

Ambicionas viajar, mudar de ares, viver novas experiências, conhecer outras pessoas... Sentes-te saturado por fazer as mesmas coisas, repetir os trabalhos habituais, conviver com as criaturas de todos os dias. A imaginação te desenha cenas empolgantes, enriquecidas de ilusões, convidando-te a conhecer outras terras, passear pelas regiões paradisíacas. Os lugares onde ainda não estiveste, se te apresentam encantadores, ricos de promessas e de realizações, ensejando-te a felicidade que se te faz escassa, muito distante daquilo que há nelas.
Os promotores de turismo apresentam recepcionistas risonhos, vivendo um clima de festa permanente, de verdadeiro encantamento. Fascinado, acreditas que lá, no lugar onde não estás, tudo são alegrias e brilho, jogos de prazeres e constante renovação de festa. Se não consegues, de imediato, realizar os projetos que traças, na esperança de fruir essas satisfações, deixas-te dominar pela amargura, pela frustração, tombando em estados depressivos ou de revolta contra tudo e todos.
Retifica, porém, a maneira de encarar a vida. A dor, a dificuldade e o problema, a alegria e a tristeza, a saúde, a enfermidade e a morte visitam a todos e se apresentam em todos os lugares. Quem vive lá, no lugar que desejas ardentemente visitar, atormenta-se pelo desejo irreprimível de vir cá, onde te encontras, com idênticas impressões. Ali se padece de situações iguais às tuas. Há um fluxo contínuo e crescente destes que vão e daqueles que vêm. Sorridentes e joviais aqui, comunicativos e ligeiros, lá, são taciturnos e tristes, vivem cansados e deprimidos, qual ocorre contigo e com os indivíduos daqui.
Há festa em toda parte e programações especiais para vender sensações, que deixam ressaibos de insatisfação e dor. Provocam paixões que se desvanecem, tornando-se cinzas e rescaldo dos incêndios que proporcionam. Enquanto na Terra, ninguém passa isento de provações. Cada criatura experimenta e vive sua quota, conforme as suas necessidades evolutivas. Não te iludas, portanto. Aqueles que se te fazem modelos de felicidade e beleza, também sofrem muito. Estão, apenas, disfarçados, guindados ao profissionalismo do qual retiram o pão diário, e, às vezes, o veneno com que se matam lentamente. Não imaginas o que lhes sucede... Há um lugar ao teu alcance, onde a felicidade te aguarda e nada a perturbará. Não te exige muito, nem te atormenta. Este reduto maravilhoso é o coração. Põe nele o teu tesouro, conforme propôs Jesus, e aí o desfrutarás.
Se viajares e te alegrares, levarás contigo a verdadeira alegria, e se não puderes sair de onde vives, manterás a mesma bênção sem qualquer conflito.
Já que desejas, porém, viajar, faze-o como uma experiência para dentro, descobrindo o mundo íntimo profundo, e aí fruirás da plenitude que nunca se acabará.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: LEAL, 1988.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A lealdade

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Entre as múltiplas e variadas condições que configuram a psicologia humana, achamos a que se define pela palavra lealdade. Aprofundar esta palavra, buscando em seu conteúdo os elementos com que sua raiz se nutre, é penetrar no profundo sentido e alcance da lei que rege a vida e a força dela.
As palavras são como as pedras preciosas: nas mãos das crianças, são simplesmente pedras vistosas, ou apenas pedras; nas mãos dos mais velhos, têm elas um valor, são apreciadas, e até se anela possuí-las pelo que brilham e pelo que valem; nas mãos dos especialistas, adquirem valor ainda maior: eles as examinam e sabem de imediato quantos quilates têm e seu grau de pureza.
Como as pedras preciosas, as palavras possuem também seus quilates e seu grau de pureza. Na palavra lealdade, os quilates podem ser calculados proporcionalmente à confiança que consegue inspirar quando encarna no homem que faz dela um culto; sua pureza se mostra na bondade das intenções daquele em cuja vida ela se manifesta sem ser desvirtuada.
Ser leal aos próprios sentimentos é ser fiel à própria consciência
Tudo quanto se pode apreciar no homem em seu grau mais legítimo está encerrado nesta palavra. Pode-se dizer que ela é, em síntese, a expressão de todo o verdadeiro e sadio que existe na natureza moral e psicológica.
Sem lealdade não é possível conceber a amizade entre as pessoas, nem tampouco tornar viável uma convivência de caráter permanente e sincero.
Os sentimentos humanos existem como manifestação do sensível e puro que se aninha no íntimo de cada um. Ser leal aos próprios sentimentos é ser fiel à própria consciência. Quando se desvirtua o caráter daqueles, esta se desnaturaliza. Diríamos mais: se é certo que pode morrer algo daquilo que forma o conjunto das condições humanas, a lealdade deveria ser a última a desaparecer como qualidade que pertence ao ser.
Pode-se afirmar, sem que seja por demais ousado, que uma das causas primordiais dos múltiplos infortúnios humanos foi sempre a falta de lealdade no trato mútuo. O engano e a falsidade são duas tendências destrutivas que, em todos os tempos, atentaram contra as boas disposições do ser.
Naturalmente, para alcançar a posição de integridade que a lealdade exige, é necessário chegar a possuir uma grande confiança em si mesmo. Porém, enquanto isso não possa ser alcançado em toda a sua extensão, será de grande benefício recordar constantemente o grau de importância de que se reveste a lealdade no conceito geral, pois é o que mais se estima e o que pesa no juízo de todos.
A lealdade se caracteriza pela consciência do dever. É profissão de fé consciente que o ser faz ao sentimento que, nascido de uma amizade ou de um afeto sincero e puro, converte-se em parte de si mesmo. E, sendo assim, não poderia esse sentimento ser menosprezado sem ferir profundamente a própria vida.
As grandes almas sempre compreenderam isso; por tal motivo, foram leais a seus princípios, a suas convicções e a seus profundos afetos.
Onde a lealdade existe, reina a harmonia, a união e a ordem; o contrário de tudo isso sucede ali onde ela deixa de se manifestar.

Trechos extraídos de artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 2 p.189

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A confiança em si mesmo

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Sempre se viu, por exemplo, a muitos decidirem empreender uma obra, grande ou pequena, e mais tarde abandoná-la pela metade, amiúde para empreender outra, ou outras, que também ficam truncadas, sem que exista uma explicação que justifique essa mudança de conduta, adotada, precisamente, para modificar as próprias decisões.

Pois bem; isso obedece, na maioria dos casos, à insegurança dos pensamentos alojados na mente; e se há tal insegurança, logicamente é porque eles não são fruto da concepção própria. Pensamentos de toda índole desempenham ali um papel preponderante, sendo muitos deles, às vezes, alheios aos motivos de preocupação em que o ser se acha absorvido.

Querer é poder quando o que se quer se sente profundamente.

Ao contrário disso, quando se empreende uma obra e ela é levada a bom termo, é porque as reflexões foram bem amadurecidas antecipadamente, e a inteligência favoreceu o projeto graças à esmerada elaboração do plano a ser realizado. Em tais circunstâncias, o ser pode ter confiança e segurança nas diretrizes próprias, e dificilmente acontecerá que deva abandonar o trabalho começado, desde que antes de iniciá-lo tenha tomado, repetimos, todas as medidas que possam contribuir para assegurar o êxito na empresa.

Muitas vezes, um simples desejo mental, promovido por um ou outro pensamento, leva o homem a realizar coisas que, por não haverem sido devidamente pensadas, fracassam quase em seu início.

O pensamento executor de uma obra deve ter, necessariamente, raízes na consciência, pois é dela que o ser haverá de se valer toda vez que se sentir debilitado.

Diante do que ficou dito, temos de admitir que os mais capacitados são os que triunfam, levando seus projetos a uma feliz culminação. A capacidade compreensiva é, pois, imprescindível em todos os atos do pensamento, e é para ela que a vontade deve sempre apelar, a fim de não se debilitar em plena ação.

Trechos extraídos de artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 1 p. 137 e 138
Fundação Logosófica, o site www.logosofia.org.br

Friedrich Nietzsche (algumas frases)

Esse filósofo é bom conhecer como um todo e não só com frases, como todo filósofo, mas como eu teria que dedicar todo o blog para ele, achei melhor por somente alguns fragmentos de suas obras.

"A maneira mais pérfida de prejudicar uma causa é defendê-la intencionalmente com más razões."

"Eu também quero a volta à natureza. Mas essa volta não significa ir para trás, e sim para a frente."

"O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem, uma corda por cima do abismo."

"A sensualidade ultrapassa muitas vezes o crescimento do amor, de forma que a raiz permanece fraca e arranca-se facilmente."

"É só dos sentidos que procede toda a autenticidade, toda a boa consciência, toda a evidência da verdade."

"Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós."

"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar."

"A crença forte só prova a sua força, não a verdade daquilo em que se crê"

Quem foram os maias?


Os Maias habitaram uma região que abrange o sul do México, Guatemala, El Salvador, Belize e Honduras. Os primeiros indícios da civilização Maia ocorreram há 3.000 anos. Mesmo com uma economia predominantemente agrícola os mais são considerados os detentores da mais sofisticada e bela arte do Novo Mundo antigo. Além de construírem edificações notáveis como palácios, pirâmides, templos e observatórios astronômicos.

Antes da chegada dos espanhóis os maias foram incorporados pelo Império Asteca, por volta do século XV. Em 1519, o explorador espanhol Hernán Cortez iniciou a conquista do território asteca, que incluía também as antigas terras dos maias. Apenas em 1697 a última cidade foi subjugada pelos espanhóis, devido a forte resistência. A cultura maia clássica entrou em decadência nos os séculos VIII e IX.

Os maias desenvolveram uma escrita hieroglífica, semelhante a usada no Egito. Na matemática possivelmente desenvolveram o conceito do "zero" séculos antes do Velho Mundo. Na astronomia mapearam as fases e cursos de diversos corpos celestes, especialmente da Lua e Vênus. O calendário Maia é considerado um dos mais precisos de todos os utilizados.


O que é o Calendário Maia?

O calendário Maia é um sistema de calendários distintos usados pela civilização maia e por alguns povos atualmente nas regiões montanhosas da Guatemala.

Segundo alguns pesquisadores o fim do calendário de longa contagem dos mais ocorrerá em 21 de dezembro de 2012.

O significado desta data prevê o término do ciclo atual do baktun do calendário de longa contagem em 2012. A especulação sobre esta data pode ter iniciado com a publicação do livro do arqueólogo norte-americano Michael D. Coe, que sugeriu inicialmente a data de 24 de dezembro de 2011, que seria revisada mais tarde para 23 de dezembro de 2012 como o fim da civilização.

Outros especialistas da civilização maia discordam desta interpretação apocalíptica. Eles argumentam que a data corresponde apenas à restauração do calendário, assim como o calendário de longa contagem não termina nesta data.

Os maias tinham uma concepção diferente da estrutura européia de tempo e espaço. Para eles, tempo e espaço eram unidos e não estão em linha reta, mas em ciclos que se repetem. Este conceito se chama Najt e é representado graficamente por uma espiral.

A previsão do futuro para os maias poderia ser vista ao descobrir o passado e transportar os eventos para um ciclo futuro. Os mais utilizavam mais de um calendário. O calendário Tzolk'in de 260 dias, o calendário Haab de 365 dias, o calendário redondo e o calendário de longa contagem. Não se sabe ao certo a origem exata do calendário Tzolk'in. Uma das teorias é que o calendário de treze meses de vinte dias é baseado em dois números importantes para os maias, 13 e 20, que multiplicados dão 260 dias, número aproximado da contagem de dias entre o período menstrual e o nascimento de um ser humano. Este calendário era utilizado para eventos religiosos e cerimoniais.

O calendário solar era chamado de Haab com normalmente 18 meses de 20 dias (mais cinco dias sem nome). Este calendário era usado para atividades agrícolas e previsões de fenômenos meteorológicos.

Os mais também utilizavam a combinação deste dois calendários, chamado de Calendário redondo. Isto porque nem o Tzolk'in, nem o Haab mediam os anos. O ciclo inteiro do calendário redondo (quando os dois calendários se completavam) era fechado a cada ou 18.980 dias ou 52 anos aproximadamente, acima da esperança de vida média da época. Quando ocorriam estas datas formavam-se grandes agitações entre os maias.

Como o calendário redondo media apenas 52 anos foi necessário criar o calendário de longa contagem.

Os dias maias se chamam k'in. 20 k'ins eram conhecidos por winal ou uinal. 18 winals são igual a um tun. 20 tuns formam um k'atun. 20 k'atuns equivalem a um b'ak'tun.

O calendário de longa contagem identifica uma data contando o número de dias da data de criação maia (4 Ahaw, 8 Kumk'u ou 11 de agosto de 3.114 a.C. do calendário gregoriano). O calendário maia não utiliza o sistema decimal, mas baseado no número 20, exceto para os winals que são 18.

Exemplos de datas:Calendário Maia - Subdivisões - Dias - Anos solares0.0.0.0.1 - 1 K'in - 1 - 1/3650.0.0.1.0 - 1 Winal = 20 K'in - 20 - 1/180.0.1.0.0 - 1 Tun = 18 Winal - 360 - 10.1.0.0.0 - 1 K'atun = 20 Tun - 7.200 - 19,71.0.0.0.0 - 1 B'ak'tun = 20 K'atun - 144.000 - 394A contagem longa é, portanto, um grande ciclo de 13 baktuns (aproximadamente 5.126 anos), que segundo alguns estudiosos termina em 21 de dezembro de 2012.
Fonte: http://www.fimdomundo2012.com/profecias-2012/calendario-maia-2012.htm

Fim do Mundo - 21.12.2012

Calendário Maia e 2012
O Popol Vuh é um dos poucos livros que restaram da civilização maia. De acordo com este livro estamos vivendo atualmente no quarto estágio da criação. Nas primeiras três criações os deuses falharam na criação, mas a quarta tentativa foi bem sucedida, mas esta fase terminará no começo do 13º b'ak'tun.
A criação anterior terminou em uma contagem longa de 12.19.19.17 .19.
Um outro 12.19.19.17 .19 ocorrerá em 20 de dezembro de 2012, seguido pelo começo do décimo quarto b' ak' tun, 13.0.0.0 .0, que será em 21 de dezembro de 2012.
Não se pode duvidar da capacidade astronômica deste povo que sem os instrumentos do século XVI da Europa conseguiram calcular um ano solar de 365,2420 dias. Mais exatos e pioneiros que os europeus. Entretanto as profecias dos maias podem ser interpretadas como uma nova era para a humanidade e não o seu extermínio, já que existem inscrições de previsões até para o ano de 4.772, por exemplo.Estariam os maias prevendo um alinhamento galáctico que se ocorre a cada 26 mil anos no qual o sol se alinha com o centro da via láctea? Ou estariam prevendo a mudança do eixo da terra em relação à esfera celeste em 21 de dezembro de 2012? A conferir.
Fonte: http://www.fimdomundo2012.com/profecias-2012/calendario-maia-2012.htm

Por que estou entrando nesse assunto?
Estréia do filme 2012!
Cinefilia!
http://www.youtube.com/watch?v=Twtq6QT7vhA&feature=player_embedded#

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Liberdade: fruto de uma conquista

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Em seu constante ir-e-vir por este mundo, o homem conquista muitos bens espirituais, morais e materiais, que depois perde se não sabe fazer deles o devido uso, ou abusa das perspectivas que tais bens lhe abrem no terreno de suas possibilidades. Entre esses bens, existe um que, indubitavelmente, é o que dá conteúdo à vida e permite a ela alcançar seu mais alto expoente no homem como ser racional e espiritual: a liberdade.
É este um bem que, justamente por dar à vida seu conteúdo essencial, pode qualificar-se como supremo, pois enquanto é desfrutado existe paz e alegria em todos os corações.
Deve ser cercada de garantias e mútuo respeito entre os homens
O que expõe ao perigo de perder essa liberdade, temporária ou definitivamente, é, repetimos, o abuso ou mau uso que dela se faz, o que ocorre por não se considerar, ou por se esquecer ou ignorar, que a liberdade deve ser cercada pelo máximo de garantias e pelo mútuo respeito entre os homens e os povos.
A liberdade, que é o fruto de uma conquista que o homem fez ao cultivar sua inteligência, elevar sua moral e estender a cultura por todos os pontos da Terra, contribui para manter o equilíbrio entre seus deveres e seus direitos. Por exemplo, se tomamos o caso de um homem que, no aspecto econômico, vive folgada e livremente graças a ganhos que cobrem seu orçamento e lhe permitem desfrutar um saldo positivo, temos que, a não ser por motivos de força maior, ele sempre estará em condições, nesse particular, de se desenvolver com liberdade. Mas se, em determinada circunstância, começa a exceder-se nos gastos – não porque se vê obrigado a isso, mas porque, desviado de sua realidade, confia em novos proventos ou numa capacidade que não tem para livrar-se de dificuldades –, chegará um momento em que seu superávit se terá esfumado, e se verá em sérios apertos para cobrir suas despesas.
As consequências estão neste caso bem à vista, porquanto à medida que se foi criando e ampliando o problema econômico, que antes não existia, a liberdade desfrutada até então foi-se limitando, ao estreitar-se cada vez mais dentro de um círculo em que a existência se tornou cada dia mais precária.
Pois bem; para reconquistar essa liberdade perdida, será necessário voltar aos caminhos da anterior conduta administrativa, empenhando-se com redobrados esforços, e até com sacrifícios, para alcançar a situação que foi perdida por culpa da imprevisão.
O que acabamos de expor pode ser aplicado a todos os aspectos da vida do homem e dos povos, e merece ser tido em conta, porquanto se sabe quanto custa voltar a desfrutar a liberdade quando ela foi perdida, por dela se ter abusado ou feito um uso indevido.
Os homens e os povos nasceram para ser livres, e, quando forças estranhas ou alheias a suas vontades ameaçam extinguir essa liberdade, a alma humana sobrepõe-se a todas as contingências e a todos os sacrifícios, para que ela seja como deve ser; como é: um bem supremo, que ninguém poderia renegar sem prejudicar seriamente sua natureza humana e seu destino.

Trechos extraídos do artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 1 p. 207

Fundação Logosófica - www.logosofia.org.br

A força da palavra

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Um dos elementos que mais freqüentemente utiliza o homem, tanto para fazer-se entender como para estabelecer uma relação harmônica com seus semelhantes, é a palavra, que é condutora do pensamento individual e contribui em muito para a formação do próprio conceito.
A importância de que ela se reveste, ou melhor, que ela assume na vida, evidencia-se em múltiplas formas, e quanto mais respeitável é a posição do que fala, tanto mais confiança inspira sua palavra. Se não sofrer modificação alguma, se manterá como elemento de juízo para prestigiar o conceito de quem a pronuncia.
Quando a palavra é pronunciada para manifestar uma convicção, definir uma atividade ou uma situação, ou expressar um sentimento, e leva em si o sadio propósito de oferecer aos demais a oportunidade de conhecer o pensamento que a anima, tende sempre a superar o conceito de quem a emite.
Quem pensa bem se esforça em falar melhor
Outra coisa acontece com aquela que é pronunciada com a intenção de enganar ou que surge sem reflexão, num impulso fugaz, porquanto costuma afetar ou ferir os que a ouvem, ainda que nada tenham a ver com ela. O só fato de escutá-la lhes causa mal-estar, contribuindo,conseqüentemente, para que se elabore um juízo adverso a respeito de quem a expressou.
Quem pensa bem se esforça em falar melhor. Será benéfico, então, aprender a sincronizar os movimentos da mente com a expressão oral, de modo que a palavra seja a condutora fiel do pensamento. Isso fará com que a palavra se revista de interesse, contrariamente ao que ocorre quando se fala sem pensar no que é dito, pois, nesse caso, a palavra costuma parecer vazia ou sem sentido.
Se quiséssemos apresentar uma imagem que refletisse com mais vívido colorido o mecanismo da palavra, teríamos de imaginá-la como um vagão que, à medida que passa pelo conduto vocal, é preenchido com o pensamento que formará seu conteúdo.
Em síntese, a palavra é um dos elementos com que o homem pode conquistar sua felicidade ou causar seu infortúnio, segundo sejam as manifestações de seu próprio espírito.
Trechos extraídos de artigo da Coletânea da Revista Logosofia, Tomo III, pág. 221

Os Filhos

(Do Livro "O Profeta")

Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:

Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.

Gibran Khalil Gibran
جبران خليل جبران