terça-feira, 25 de maio de 2010
Hallowed Be Thy Name - Iron Maiden
Hallowed Be Thy Name
I'm waiting in my cold cell, when the bell begins to chime.
Reflecting on my past life and it doesn't have much time.
'Cause at 5 o'clock they take me to the Gallows pole,
The sands of time for me are running low.
When the priest comes to read me the last rites,
I take a look through the bars at the last sights,
Of a world that has gone very wrong for me.
Can it be that there's some sort of error.
Hard to stop the surmounting terror.
Is it really the end, not some crazy dream?
Somebody please tell me that I'm dreaming,
It's not so easy to stop from screaming,
But words escape me when i try to speak.
Tears flow but why am I crying,
After all I'm not afraid of dying.
Don't I believe that there never is an end.
As the guards march me out to the courtyard,
Somebody cries from a cell "God be with you".
If there's a God then why has he let me go?
As I walk all my life drifts before me,
Though the end is near I'm still not sorry.
Catch my soul, it's willing to fly away.
Mark my words believe my soul lives on.
Don't worry now that I have gone.
I've gone beyond to see the truth.
When you know that your time is close at hand.
Maybe then you'll begin to understand,
Life down here is just a strange illusion
Hallowed Be Thy Name
Santificado Seja Vosso Nome
Estou esperando em minha cela fria, Quando o sino começa a tocar
Refletindo sobre minha vida passada e não tenho muito tempo
Pois às 5 em ponto, eles me levarão para a forca
As areias do tempo, para mim, estão acabando...
Quando o padre vem me ler os ritos finais
Eu dou uma olhada através das grades para as últimas visões
De um mundo que foi muito errado para mim
Será que pode ter havido algum tipo de erro?
É difícil controlar o terror que me vence
Será realmente o fim e não um sonho louco?
Alguém por favor me diga que estou sonhando
Não é tão fácil parar de gritar
Mas as palavras me escapam quando eu tento falar
Lágrimas rolam, mas porque estou chorando?
Afinal eu não tenho medo de morrer
Não acredito eu, que nunca há um fim?
Enquanto os guardas me conduzem ao pátio
Alguém grita de uma cela: "Deus esteja com você!"
Se existe um Deus, porque ele me deixa morrer?
A medida que ando minha vida passa diante de mim
E quando penso que o fim se aproxima
Eu não me arrependo, guarde minha alma, pois ela está prestes a voar
Escreva minhas palavras, acredite,
Minha alma ainda vive
Não se preocupe agora que eu fui ao além para ver a verdade
Quando você souber que seu tempo está contado
Talvez então você comece a entender
Que a vida aqui embaixo é apenas uma estranha ilusão
Santificado Seja seu Nome
domingo, 23 de maio de 2010
Teriam certas palavras funções específicas?
É digna de nota a acentuada diferença que se estabeleceu, desde tempos muitos longínquos, entre a palavra "cérebro" e a palavra "mente". Parece, a julgar pela acepção corrente, que se quis distinguir uma da outra atribuindo-lhes uma espécie de função específica. Quando se quer, por exemplo, destacar a figura científica ou política de alguma pessoa, como também acontece nas esferas sociais ou no mundo das finanças, diz-se que "é um grande cérebro", ou que "tem um cérebro privilegiado", somando-se assim os qualificativos de elevada hierarquia com que se nomeia o agraciado para diferenciá-lo dos demais. Por outra parte, quando é o inverso, quando, conforme diz a expressão comum, alguém "perde as estribeiras" e põe a razão a funcionar sem rumo, é apontado como "alienado mental", ou seja, um demente; ou então dizem que ele padece de perturbação mental. Nunca, em tais casos, se menciona o cérebro, como se este nada tivesse a ver com o assunto, ou tivesse funções específicas diferentes das que a mente tem.
É curiosa essa diferenciação, precisamente por vir de um ato discernidor da própria mente humana, cuja propriedade reflexiva está intimamente ligada à atividade cerebral. Não obstante o que ficou dito, devemos reconhecer que, de uns dois ou três anos para cá,* grandes estadistas e homens de governo, ao se referirem aos problemas que se vão apresentando à inteligência em virtude das bruscas transições que quase todos os povos do mundo estão experimentando, referem-se à mente, atribuindo-lhe o caráter de reitora de todas as atividades humanas. Vem-se dando, pois, à palavra "mente" a posição hierárquica e a distinção que lhe corresponde ter entres suas irmãs de linguagem.
A Logosofia sustenta este critério há mais de quatorze anos, ao determinar as funções da mente e demonstrar com farta evidência o seu papel, bem como o que os pensamentos desempenham como entidades autônomas do mundo mental. Hoje, já é mais comum ouvir referências à "mente esclarecida" ou mente privilegiada" deste ou daquele, como também à "visão mental", o que prova como evoluiu o conceito da palavra "mente" e o que ela significa, em sua mais ampla acepção, para a razão individual.
*Este artigo foi publicado em março de 1944.
Coletânea da revista Logosofia, Tomo 1
Carlos Bernardo González Pecotche
RAUMSOL
É curiosa essa diferenciação, precisamente por vir de um ato discernidor da própria mente humana, cuja propriedade reflexiva está intimamente ligada à atividade cerebral. Não obstante o que ficou dito, devemos reconhecer que, de uns dois ou três anos para cá,* grandes estadistas e homens de governo, ao se referirem aos problemas que se vão apresentando à inteligência em virtude das bruscas transições que quase todos os povos do mundo estão experimentando, referem-se à mente, atribuindo-lhe o caráter de reitora de todas as atividades humanas. Vem-se dando, pois, à palavra "mente" a posição hierárquica e a distinção que lhe corresponde ter entres suas irmãs de linguagem.
A Logosofia sustenta este critério há mais de quatorze anos, ao determinar as funções da mente e demonstrar com farta evidência o seu papel, bem como o que os pensamentos desempenham como entidades autônomas do mundo mental. Hoje, já é mais comum ouvir referências à "mente esclarecida" ou mente privilegiada" deste ou daquele, como também à "visão mental", o que prova como evoluiu o conceito da palavra "mente" e o que ela significa, em sua mais ampla acepção, para a razão individual.
*Este artigo foi publicado em março de 1944.
Coletânea da revista Logosofia, Tomo 1
Carlos Bernardo González Pecotche
RAUMSOL
quinta-feira, 20 de maio de 2010
The Spirit Carries On - Dream Theater
Where did we come from?
Why are we here?
Where do we go when we die?
What lies beyond
And what lay before?
Is anything certain in life?
They say, "Life is too short,"
"The here and the now"
And "You're only given one shot"
But could there be more,
Have I lived before,
Or could this be all that we've got?
If I die tomorrow
I'd be all right
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on
I used to be frightened of dying
I used to think death was the end
But that was before
I'm not scared anymore
I know that my soul will transcend
I may never find all the answers
I may never understand why
I may never prove
What I know to be true
But I know that I still have to try
If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on
[Victoria:]
"Move on, be brave
Don't weep at my grave
Because I am no longer here
But please never let
Your memory of me disappear"
[Nicholas:]
Safe in the light that surrounds me
Free of the fear and the pain
My questioning mind
Has helped me to find
The meaning in my life again
Victoria's real
I finally feel
At peace with the girl in my dreams
And now that I'm here
It's perfectly clear
I found out what all of this means
If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on
O Espírito Segue
- John Petrucci
[Nicholas:]
De onde nós viemos?
Porque estamos aqui?
Para onde nós vamos quando morremos?
O que há além
E o que havia antes?
Alguma coisa é certa na vida?
Eles dizem, "A vida é muito curta"
"O aqui e o agora"
e "Você só tem uma chance"
Mas poderia haver mais,
Eu vivi antes?
Ou isso seria tudo que nós temos?
Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue
Eu costumava ter medo da morte
Eu costumava achar que a morte era o fim
Mas isso foi antes
Eu não estou mais assustado
Eu sei que minha alma transcenderá
Eu posso nunca encontrar as respostas
Eu posso nunca entender por quê
Eu posso nunca provar
O que eu sei ser verdade
Mas eu sei que eu ainda tenho que tentar
Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue
[Victoria:]
"Siga adiante, seja bravo
Não chore no meu túmulo
Porque eu não estou mais aqui
Mas por favor nunca deixe
Suas lembranças de mim desaparecerem"
[Nicholas:]
Seguro na luz que me rodeia
Livre do medo e da dor
Minha mente questionadora
Tem me ajudado a achar
O significado na minha vida de novo
Victoria é real
Eu finalmente sinto
Em paz com a garota nos meus sonhos
E agora que eu estou aqui
Está perfeitamente claro
Eu descobri o que tudo isso significa
Se eu morresse amanhã
Eu estaria bem
Porque eu acredito
Que após nós morrermos
Que o espírito segue
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Inútil Dizer
Se na minha vida eu não ajo como filho de Deus
Fechando meu coração ao amor
Será inútil dizer: “Pai Nosso...”
Se meus valores são representados pelos bens da Terra
Será inútil dizer: “Que estais no Céu...”
Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição, comodismo
Será inútil dizer: “Santificado seja o Vosso Nome...”
Se acho tão sedutora a vida aqui,
Cheia de supérfluos e futilidades
Será inútil dizer: “Vem a nós o Vosso reino...”
Se no fundo o que quero mesmo,
É que os meus desejos se realizem
Será inútil dizer: “Seja feita a Vossa vontade...”
Se prefiro acumular riquezas,
Desprezando os meus irmãos que passam fome
Será inútil dizer: “O pão nosso de cada dia nos daí hoje...”
Se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir
Magoar os que atravessam o meu caminho
Será inútil dizer: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores...”
Se escolho sempre o caminho mais fácil,
Que nem sempre é o caminho do Cristo
Será inútil dizer: “E não deixeis cair em tentação...”
Se por minha vontade,
Procuro os prazeres materiais
Será inútil dizer: “Livrai-nos do mal...”
Se sabendo que sou assim,
E nada faço para me modificar
Será inútil dizer: “Amém!”
http://arcadoconhecimento.blogspot.com/2010/03/inutil-dizer.html
Fechando meu coração ao amor
Será inútil dizer: “Pai Nosso...”
Se meus valores são representados pelos bens da Terra
Será inútil dizer: “Que estais no Céu...”
Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição, comodismo
Será inútil dizer: “Santificado seja o Vosso Nome...”
Se acho tão sedutora a vida aqui,
Cheia de supérfluos e futilidades
Será inútil dizer: “Vem a nós o Vosso reino...”
Se no fundo o que quero mesmo,
É que os meus desejos se realizem
Será inútil dizer: “Seja feita a Vossa vontade...”
Se prefiro acumular riquezas,
Desprezando os meus irmãos que passam fome
Será inútil dizer: “O pão nosso de cada dia nos daí hoje...”
Se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir
Magoar os que atravessam o meu caminho
Será inútil dizer: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores...”
Se escolho sempre o caminho mais fácil,
Que nem sempre é o caminho do Cristo
Será inútil dizer: “E não deixeis cair em tentação...”
Se por minha vontade,
Procuro os prazeres materiais
Será inútil dizer: “Livrai-nos do mal...”
Se sabendo que sou assim,
E nada faço para me modificar
Será inútil dizer: “Amém!”
http://arcadoconhecimento.blogspot.com/2010/03/inutil-dizer.html
quinta-feira, 13 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
"ARTIGO XX
FRAQUEZA DO HOMEM; INCERTEZA DE SEUS CONHECIMENTOS NATURAIS
VII
Não ficamos nunca no tempo presente. Antecipamos o futuro como demasiado lento para vir, como para apressar o seu curso; recordamos o passado, para pará-lo, como demasiado pronto: tão imprudentes que erramos nos tempos que não são nossos e não pensamos só no que nos pertence; e tão vãos que sonhamos com os que não são mais nada e evitamos sem reflexão o único que subsiste. É que o presente de ordinário nos fere. Ocultamo-lo à nossa vista, porque nos aflige; e, se nos é agradável, arrependemo-nos de vê-lo escapar. Tratamos de sustentá-lo pelo futuro, e pensamos em dispor as coisas que não estão em nosso poder para um tempo que não temos nenhuma certeza de alcançar.
Que cada um examine o seu pensamento, e o achará sempre ocupado com o passado e o futuro. Quase não pensamos no presente: e, quando pensamos, é só para tirar dele a luz para dispor do futuro. O presente nunca é o nosso fim. Assim, não vivemos nunca, mas esperamos viver; e, dispondo-nos sempre a ser felizes, é inevitável que não o sejamos nunca, (se não aspiramos a outra beatitude além da que se pode gozar nesta vida)." - Blaise Pascal
FRAQUEZA DO HOMEM; INCERTEZA DE SEUS CONHECIMENTOS NATURAIS
VII
Não ficamos nunca no tempo presente. Antecipamos o futuro como demasiado lento para vir, como para apressar o seu curso; recordamos o passado, para pará-lo, como demasiado pronto: tão imprudentes que erramos nos tempos que não são nossos e não pensamos só no que nos pertence; e tão vãos que sonhamos com os que não são mais nada e evitamos sem reflexão o único que subsiste. É que o presente de ordinário nos fere. Ocultamo-lo à nossa vista, porque nos aflige; e, se nos é agradável, arrependemo-nos de vê-lo escapar. Tratamos de sustentá-lo pelo futuro, e pensamos em dispor as coisas que não estão em nosso poder para um tempo que não temos nenhuma certeza de alcançar.
Que cada um examine o seu pensamento, e o achará sempre ocupado com o passado e o futuro. Quase não pensamos no presente: e, quando pensamos, é só para tirar dele a luz para dispor do futuro. O presente nunca é o nosso fim. Assim, não vivemos nunca, mas esperamos viver; e, dispondo-nos sempre a ser felizes, é inevitável que não o sejamos nunca, (se não aspiramos a outra beatitude além da que se pode gozar nesta vida)." - Blaise Pascal
FELIĈAJ TIUJ, KIUJ HAVAS PURAN KORON
LA EVANGELIO LAŬ SPIRITISMO
LASU LA MALGRANDAJN INFANOJN VENI AL MI
18. La Kristo diris: “Lasu la malgrandajn infanojn veni al mi”. Tiuj vortoj, profundaj laŭ sia simpleco, ne enhavis en si ian simplan alvokon al la infanoj, sed ankaŭ al la animoj, kiuj treniĝas en la malaltaj rondoj, kie la malfeliĉo ne konas esperon. Jesuo vokis al si la intelektan infanaĝon de la homa kreitaro: la malfortulojn, la sklavojn, la malvirtulojn; li nenion povis instrui al la infanoj laŭ la korpo, implikitaj en la materio, submetitaj al la jugo de l’ instinkto kaj ne apartenantaj
ankoraŭ al la supera ordo de la racio kaj de la volo, kiuj plenumiĝas ĉirkaŭ ili kaj por ili.
Jesuo volis, ke la homoj venu al li kun la konfido de tiuj malgrandaj estuloj de ŝanceliĝantaj paŝoj, kies alvoko konkerus por li la korojn de la virinoj, kiuj estas ĉiuj patrinoj; tiel li submetis la animojn al sia milda kaj mistera aŭtoritateco. Li estis la torĉo, kiu disbatas la mallumon, la klariono, kiu sonigas la veksignalon; li estis la iniciatinto de Spiritismo, kiu siavice devas voki,
ne la malgrandajn infanojn, sed la bonvolemajn homojn. La forta agado estas komencita; la afero jam ne estas pri instinkta kredo kaj meĥanika obeado; estas necese, ke la homo sekvu la inteligentan leĝon, kiu montriĝas al li laŭ sia universaleco.
Miaj tre amataj, jen la tempo, kiam, klarigite, la eraroj estos veraĵoj; ni instruos al vi la veran sencon de la paraboloj, kaj ni montros al vi la potencan interrespondecon, kiu ligas tion, kio estis, kun tio, kio estas. Vere mi diras al vi: la manifestiĝado de la Spiritoj plivastigas la horizonton; kaj jen ĝia sendito, kiu brilos kiel la suno sur la supraĵo de la montoj. (Johano, la Evangeliisto. Parizo, 1863.)
19. Lasu la malgrandajn infanojn veni al mi, ĉar mi posedas la lakton, kiu fortikigas la malfortulojn. Lasu veni al mi tiujn, kiuj, timemaj kaj malfortaj, bezonas apogon kaj konsolon. Lasu veni al mi la neklerulojn, por ke mi ilin instruu; lasu veni al mi ĉiujn, kiuj suferas, la amason da afliktitoj kaj da malfeliĉuloj: mi konigos al ili la grandan rimedon, kiu mildigas la suferojn de la vivo, la sekreton por resanigo de iliaj vundoj! Kia estas, miaj amikoj, tiu potenca balzamo, posedanta tian ĉiokuracantan efikon, tiu balzamo, kiu estas aplikata al ĉiuj vundoj de la koro kaj ilin fermas? Ĝi estas amo, karito! Se vi posedas tiun dian fajron, kion vi timas? Vi diros ĉe ĉiuj momentoj de via vivo: Mia Patro, fariĝu Via volo, ne la mia; se al Vi plaĉas elprovi min per la doloroj kaj per la ĉagrenoj, estu glorata, ĉar nur por mia bono, mi tion scias, Via mano pezas sur mi. Se al Vi plaĉas, Sinjoro, kompati Vian malfortan kreiton, doni al lia koro la permesitajn ĝojojn, estu ankaŭ glorata; sed konsentu, ke la dia amo ne malvigliĝu en lia animo kaj ke senĉese lia animo venigu al Viaj piedoj la voĉon de sia dankemo!
Se vi havos amon, vi havos ĉion dezirindan sur la tero, vi posedos la multvaloran perlon, kiun nek la okazaĵoj, nek la malboneco de tiuj, kiuj malamas kaj persekutas vin, povos forrabi de vi. Se vi havas amon, vi estos metintaj viajn trezorojn tien, kie vermoj aŭ rusto ne povos ilin atingi, kaj vi vidos nesenteble forviŝiĝi de via animo ĉion, kio povas makuli ĝian purecon; vi sentos, ke la pezo de la materio malgrandiĝas tago post tago kaj ke, simile al birdo, kiu ŝvebas en la aero kaj ne plu memoras la teron, vi supreniros senĉese, ĝis via animo ekzaltita povos satiĝi de sia
elemento de vivo en la sino de la Sinjoro. (Protektanta Spirito. Bordeaux, 1861.)
LASU LA MALGRANDAJN INFANOJN VENI AL MI
18. La Kristo diris: “Lasu la malgrandajn infanojn veni al mi”. Tiuj vortoj, profundaj laŭ sia simpleco, ne enhavis en si ian simplan alvokon al la infanoj, sed ankaŭ al la animoj, kiuj treniĝas en la malaltaj rondoj, kie la malfeliĉo ne konas esperon. Jesuo vokis al si la intelektan infanaĝon de la homa kreitaro: la malfortulojn, la sklavojn, la malvirtulojn; li nenion povis instrui al la infanoj laŭ la korpo, implikitaj en la materio, submetitaj al la jugo de l’ instinkto kaj ne apartenantaj
ankoraŭ al la supera ordo de la racio kaj de la volo, kiuj plenumiĝas ĉirkaŭ ili kaj por ili.
Jesuo volis, ke la homoj venu al li kun la konfido de tiuj malgrandaj estuloj de ŝanceliĝantaj paŝoj, kies alvoko konkerus por li la korojn de la virinoj, kiuj estas ĉiuj patrinoj; tiel li submetis la animojn al sia milda kaj mistera aŭtoritateco. Li estis la torĉo, kiu disbatas la mallumon, la klariono, kiu sonigas la veksignalon; li estis la iniciatinto de Spiritismo, kiu siavice devas voki,
ne la malgrandajn infanojn, sed la bonvolemajn homojn. La forta agado estas komencita; la afero jam ne estas pri instinkta kredo kaj meĥanika obeado; estas necese, ke la homo sekvu la inteligentan leĝon, kiu montriĝas al li laŭ sia universaleco.
Miaj tre amataj, jen la tempo, kiam, klarigite, la eraroj estos veraĵoj; ni instruos al vi la veran sencon de la paraboloj, kaj ni montros al vi la potencan interrespondecon, kiu ligas tion, kio estis, kun tio, kio estas. Vere mi diras al vi: la manifestiĝado de la Spiritoj plivastigas la horizonton; kaj jen ĝia sendito, kiu brilos kiel la suno sur la supraĵo de la montoj. (Johano, la Evangeliisto. Parizo, 1863.)
19. Lasu la malgrandajn infanojn veni al mi, ĉar mi posedas la lakton, kiu fortikigas la malfortulojn. Lasu veni al mi tiujn, kiuj, timemaj kaj malfortaj, bezonas apogon kaj konsolon. Lasu veni al mi la neklerulojn, por ke mi ilin instruu; lasu veni al mi ĉiujn, kiuj suferas, la amason da afliktitoj kaj da malfeliĉuloj: mi konigos al ili la grandan rimedon, kiu mildigas la suferojn de la vivo, la sekreton por resanigo de iliaj vundoj! Kia estas, miaj amikoj, tiu potenca balzamo, posedanta tian ĉiokuracantan efikon, tiu balzamo, kiu estas aplikata al ĉiuj vundoj de la koro kaj ilin fermas? Ĝi estas amo, karito! Se vi posedas tiun dian fajron, kion vi timas? Vi diros ĉe ĉiuj momentoj de via vivo: Mia Patro, fariĝu Via volo, ne la mia; se al Vi plaĉas elprovi min per la doloroj kaj per la ĉagrenoj, estu glorata, ĉar nur por mia bono, mi tion scias, Via mano pezas sur mi. Se al Vi plaĉas, Sinjoro, kompati Vian malfortan kreiton, doni al lia koro la permesitajn ĝojojn, estu ankaŭ glorata; sed konsentu, ke la dia amo ne malvigliĝu en lia animo kaj ke senĉese lia animo venigu al Viaj piedoj la voĉon de sia dankemo!
Se vi havos amon, vi havos ĉion dezirindan sur la tero, vi posedos la multvaloran perlon, kiun nek la okazaĵoj, nek la malboneco de tiuj, kiuj malamas kaj persekutas vin, povos forrabi de vi. Se vi havas amon, vi estos metintaj viajn trezorojn tien, kie vermoj aŭ rusto ne povos ilin atingi, kaj vi vidos nesenteble forviŝiĝi de via animo ĉion, kio povas makuli ĝian purecon; vi sentos, ke la pezo de la materio malgrandiĝas tago post tago kaj ke, simile al birdo, kiu ŝvebas en la aero kaj ne plu memoras la teron, vi supreniros senĉese, ĝis via animo ekzaltita povos satiĝi de sia
elemento de vivo en la sino de la Sinjoro. (Protektanta Spirito. Bordeaux, 1861.)
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